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Operação Game Over tem desdobramentos em Biguaçu e São José

Foto: Ação da Polícia Civil combate divulgação e exploração de plataformas de apostas online

A Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou, nesta quinta-feira (27), a Operação Game Over, visando ao combate à divulgação e à exploração de plataformas de apostas online. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em residências em Biguaçu e São José. 

O inquérito policial instaurado pela Delegacia de Proteção dos Direitos das Mulheres e Crimes Contra as Relações de Consumo apura prática de crimes de exploração de jogos de azar, corrupção de menores, estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra as relações de consumo e ordem tributária. Os suspeitos são membros de uma família de influenciadores digitais que obtinha lucros milionários com a divulgação de links para acesso a plataformas de apostas online. 

Os investigados, por intermédio de perfis pessoais em redes sociais próprias e de adolescentes, realizavam publicidade de jogos de azar em plataformas digitais, em especial o jogo Fortune Tiger (o famoso Jogo do Tigrinho) e similares. Os influencers produziam vídeos onde aparecem jogando, noticiam a obtenção de ganhos significativos e disponibilizam links para acesso às plataformas digitais. 

Os seguidores dos investigados realizavam apostas através dos links compartilhados, com a crença de que ganhariam. Entretanto, acabavam por perder todo o valor apostado - muitas vezes, em volume expressivo de dinheiro. 

Em contrapartida, os influencers lucravam todas as vezes que os links compartilhados eram acessados por seus seguidores e o lucro era pulverizado entre as contas dos membros do grupo criminoso. 

Além das diligências de busca, onde foram apreendidos inúmeros equipamentos eletrônicos (aparelhos celulares, laptops, iPads, dentre outros equipamentos) e documentos, também houve o recolhimento de seis veículos - a Justiça deliberou pelo bloqueio e indisponibilidade de bens imóveis, móveis e valores até o montante de R$ 10 milhões. 

De acordo com a delegada Inara Drapalski, titular da Delegacia de Proteção dos Direitos das Mulheres e Crimes Contra as Relações de Consumo, "é avassalador o impacto psicológico, familiar e financeiro gerado pelo desserviço oferecido pelos influenciadores digitais, que não medem as consequências de diuturna divulgação irreal de vitórias e amostras de conquistas de fortunas arrecadadas em tempo exíguo e aparentemente sem qualquer esforço".

Segundo a Polícia Civil, o objetivo da operação é combater essa prática, que, mesmo apresentando múltiplos efeitos sociais nocivos, tem se tornado cada dia mais corriqueira na sociedade brasileira.

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